terça-feira, 24 de maio de 2011

Sócrates

1 - Sócrates pode ser medido pelos resultados da sua governação: bancarrota. Houve crise, houve isto, houve aquilo. Mas houve bancarrota aqui e não houve em todo o lado.

2 - Sócrates foi calculista: devia ter pedido ajuda em Novembro de 2010 (Teixeira dos Santos o disse) e pediu-a a rogo em Abril de 2011

3 - Também pode ser medido pelo seu modus operandi. Falta de diálogo, relação truculenta com o País, com os portugueses, com a Justiça, interpretação criativa dos números, lógica de marketing, as sondagens e as eleições sempre no coração. Se os resultados fossem bons, enfim, teríamos um problema de estilo e de intenções. Mas os resultados são péssimos. Uma má forma, ao serviço de uma má substância.

4 - Sócrates não é uma pessoa preparada para a governação e os resultados estão à vista. Não tem curriculum académico digno de registo; não tem percurso profissional digno de registo. Mas tem curriculum político: 700.000 desempregados, bancarrota...

5 - Não tem uma ideia para o País - e nunca teve. As "renováveis", o "simplex" são evidências. Qualquer um faria o que ele fez. E se não fizesse com a mesma rapidez, talvez tal sucedesse porque o seu alternativo teria estado ocupado a evitar a bancarrota. E, muito provavelmente, outro qualquer a teria evitado.

6 - Sempre achei que Sócrates jamais entraria na história. Infelizmente, a bancarrota assegurou a sua pegada indelével nos nossos manuais futuros. Não seria mau se se tratasse apenas dos manuais. A questão é que a sua pegada estará também nos orçamentos futuros.

7 - As sondagens do empate técnico dão a imagem de um País à beira do abismo. Não se dramatize. O País sobreviverá a Sócrates, até mesmo a mais um mandato Sócrates. Mas este é daqueles momentos da nossa história em que se conservarmos Sócrates na liderança dos nossos destinos perderemos a oportunidade de mudar a estrutura do País, de sair, como diz o povo, "da cepa torta", do nosso devir morno de brandos costumes, sempre em busca de um dinheirito que venha de fora para nos salvar.

8 - Sempre que o País foi o oposto de Sócrates - aqui enquanto conceito de tudo quanto representa - foi grande.

Estamos todos na mão dos indecisos que dirão se podemos avançar já em direcção ao futuro, ou se vamos ter de perder mais dois ou três anos antes de arrancar (mais os 7 ou 8 necessários para rectificar o que nesses se fizer de mal).

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