domingo, 11 de outubro de 2009

Homicídio, desavença política e legítima defesa

Alguns dos nossos jornalistas têm coisas espantosas...

Hoje, dia de autárquicas, um candidato do PS matou a tiro o marido da candidata do PSD.

A jornalista da TSF, inquirindo o governador civil, perguntava, numa inovação conceptual, se havia nota da existência prévia de "desavenças políticas"?

Confesso a minha ignorância... O que é isso de "desavença política"? Quereria a senhora referir-se a uma discordância política? A existir, justificaria, ou ajudaria sequer a compreender um homicídio?

Por outro lado, o pensamento jurídico de alguns comentadores/entrevistados é maravilhoso.

Posto que houve troca de tiros na secção de voto (imaginem a cena...) disse-se (confesso que não percebi quem) que o homicida actuou provavelmente "em legítima defesa".

Em "legítima defesa"? Comparecendo armado na secção de voto?

O resto é o soft de muitas declarações. Se o falecido fosse do PS e o homicida do PS admito que as coisas pudessem ter o mesmo tratamento. Mas não estou em condições de o garantir.

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