quarta-feira, 10 de junho de 2009

BE: sonho de uma noite de verão

Há que reconhecer que o BE passa uns dias felizes. A ultrapassagem ao PCP parece uma corrida entre o Estalinismo e o Trotskismo, ou, se se preferir, entre a antiga URSS e a antiga Albânia. Com a antiga Albânia a ganhar.

As hipóteses de ser governo mantêm-se nulas (o que convém ao BE), mas a representação vai crescendo e pode chegar, a meu ver, aos 15% num ou outro momento mais propício.

O seu ideário populista no estilo e demagógico no conteúdo, de dizer sempre às pessoas dos grandes centros urbanos o que elas querem ouvir só pode ser coroado de êxito.

O BE é aquele tio que deixa os sobrinhos fazer tudo, que nunca lhes ralha e que quando chegam os pais, se põe do lado das crianças.

Por isso mesmo, está condenado a durar mais do que o PRD, que era aquele tio chato que só queria ajustar contas com um outro tio (o PS).

Como vai reagir o PS? Atacar à direita e perder mais votos à esquerda, ou atacar à esquerda (insistindo ainda mais nas chamadas - segundo uma designação patética - "questões fracturantes", enquanto estas não se esgotarem) e perder o centro?

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