segunda-feira, 22 de junho de 2009

A vossa benção, meus amigos!

Já não podia andar na rua de tão vergado que estava com o peso da má consciência de não haver ainda contribuído para este blog, depois de convite tão solene! Não sei se má consciência por não responder ao chamamento dos meus bons e ilustres amigos ou então por me alhear do dever de missão de enfileirar pelos valores que dão a razão de ser a este blog e que nele são tão acaloradamente defendidos. É o que dá esta vida burguesa que levo, entre o trabalho e casa, cuidar da prole, um jantar aqui e uma festa ali, algum desporto, férias e pouco mais... Pouco sobra - decerto por que a alma está um tanto pequena - para o debate que vale mesmo a pena!
Juntemo-nos então à causa, não sem antes um grande BEM-HAJA aos meus caríssimos co-bloggers!

De que falar, então? O tema é recorrente, mas não encontro melhor: o desditoso destino da Pátria, nos dias que correm (as coisas não foram sempre assim: se bem me lembro, tudo ia bem entre 1498 e 1580!) . Em particular, lembrei-me de trazer aqui à colação o tema das obras públicas e do combate à crise, ou melhor, para pôr as coisas em termos tecnicamente mais rigorosos, o tema do "neo-keynesianismo à moda do tuga", que tanta prosa tem alimentado no nosso país e lá fora, mas que, como tudo, na sua versão lusa reveste uma feição muito peculiar, para não dizer picaresca.

A história já tem barbas: trata-se de, à míngua de imaginação, criatividade, rigor e, sobretudo, planeamento, da velha ladaínha da importação das "melhores práticas" ou mais propriamente, "dos melhores chavões", do intervencionismo económico a la Keynes, o que é o mesmo que dizer, das obras públicas como solução para todos os males da crise, do desemprego, das receitas das construtoras, concessionárias de auto-estradas, cimenteiras, autarcas e quejandos. Não que eu seja, por mero fanatismo ultra-liberal, avesso à aceleração de infraestruturas necessárias em tempo de crise, mas penso que quando se avança com a proposta de uma auto-estrada para gambuzinos a construir ao lado das já existentes para automóveis e para moscas, a coisa está já ao nível do hospício..., não fora a realidade crua dos interesses bem lúcidos que se movem nos bastidores deste idealismo de betão.

Os partidários destas políticas cá da nossa terra, alegam, em sua defesa, que a fórmula é a mesma que está a ser utilizada lá fora e que o próprio pacote de medidas anti-crise da UE se baseia nas obras públicas de infra-estruturas como terapêutica anticíclica. A juntar a isso está o facto de a história, nomeadamente o New Deal e o

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