terça-feira, 16 de junho de 2009

Os EUA e as lições

Concordo com o meu co-blogger João Duarte no comentário que faz, em título, a uma (entre milhares) brilhante afirmação de W. Churchill.

Por isso, não vou aqui iniciar uma polémica, mas uma reflexão.

Por muito que o consulado Bush haja sido um desastre - como efectivamente foi - nos planos externo e interno, é nele e não nos EUA que a crítica se deve, a meu ver, situar.

Na verdade, os EUA têm sido, em muitas situações, para o mundo em geral e para a Europa em especial uma espécie de abono de família.

Quem teve de vir resolver a I Grande Guerra na qual os europeus se atolaram (sem esquecer o contributo patético e desastroso da nossa anedótica 1ª República)?

Quem nos livrou no Nacional-Socialismo? Quem nos salvou do Estalinismo?

Quem ajudou a que Portugal, em 1975, não se tornasse uma Albânia à beira mar plantada?

Quem tem possibilidade de gerir os temas "Irão" e "Coreia do Norte"?

Claro está que a história também aponta erros - em alguns casos muito graves - dos EUA. Isso é uma evidência.

Na minha modesta opinião, é igualmente evidente que a Europa, globalmente considerada, comete mais erros e erros mais graves do que os EUA.

Com uma agravante: é que quando a Europa erra com muita gravidade, os EUA entram em cena para resolver a asneira (lembram-se da guerra Sérvia-Bósnia?) e o contrário não sucede...

Os Europeus têm dificuldade em encontrar um equilíbrio entre uma postura internacional "tipo Europa" e uma postura internacional "tipo Bush" para chegar a uma postura de política internacional "tipo Clinton", que não anda a meu ver muito distante da que me parece a mais correcta.

Claro que a política Clinton teve momentos como o da Somália, ou seja, desastrosos. Mas aí, é a Somália que é um desastre em si mesmo (com raízes, aliás, em uma ou outra asneira europeia).

Mas desastre, desastre é aquele pensamento de uma certa europa de que para não se ser Bush, se tem de ser Chamberlain.

5 comentários:

  1. Caro Rui,

    Segue um conselho amigo: O seu discurso está cheio de cliches que revelam a sua imaturidade.

    Como disse no início do vosso blogue o norte infelizmente não é grande albergue de pensadores.

    Valia a pena melhorar a sua cultura geral e visão do mundo frequentando sites radicalmente diferentes como sejam os libertários americanos, antiwar.com, Ron Paul ou Globalresearch.ca.

    As melhoras...

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  2. Caro José Silva,
    Não posso deixar de me referir, antes do mais, à intolerância e sectarismo que caracterizam o seu comentário. Os sites que frequenta são maduros, cultos, iluminados. O que os outros dizem é cliché e imaturidade.
    Deixe-me que lhe diga que a essa sua visão "a preto de branco" não colhe.
    Claro que são umas quantas centenas de inspirados os maduros e claro que os americanos que elegeram Clinton (bem como a própria Administração) são todos uns incultos e mal intencionados.
    Claro que foram os libertários (os americanos e os europeus) que nos salvaram dos nazis e dos soviéticos.
    Se calhar o José Silva até gostaria de dizer que o desafio intelectual é prescindir do poder e sonhar com um mundo edificado sobre o "homem novo", cheio de amanhãs que cantam, numa mistura doce entre Woodstock, Che Guevara, num laissez faire, laisser passer existencial a que nem todos chegam, de tão complexo que é.
    Tudo, claro está, polvilhado de umas quantias teorias da conspiração invisíveis, também, aos imaturos.
    Claro que sim, José.
    Tentarei melhorar. Aqueles que como eu não nasceram abençoados pelo saber absoluto e acabado como o José precisam sempre de saber e de melhorar.
    Quanto aos pensadores portugueses, onde estão eles José? Gostaria de lhes agradecer todo o sucesso e progresso que têm obtido para o nosso País, a forma brilhante como têm liderado não só o Norte, mas toda a pátria nos caminhos da felicidade na terra.
    Tenho para mim, que há pensadores em todos os locais e que há tão bons pensadores no Norte, como no Sul.
    Mas imagino que seja imaturidade minha e não duvido que o José conheça uns sites que me demonstrarão o contrário.

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  3. Caro José, mais uma vez bem-vindo a este blogue. É sempre um prazer vê-lo por cá, mais a mais quando, cada vez que cá vem, nos deixa comentários maduros, sem clichés, pejados de cultura geral, carregadinhos de visão geral e, sobretudo (the last but not the least – perdoe-se-me este meu estrangeirismo, mas queria apenas transmitir, com ele, a minha incontornável visão geral do mundo), a sua invejável, incomensurável e frenética mente pensadora. Mas sabe que mais, José? Às vezes mais vale cair na imaturidade, nos clichés, na falta de cultura geral e na pobreza de ímpeto pensador, do que limitar-se a transcrever aquilo que os outros dizem ou escrevem (nos jornais, nos blogues, nos livros, onde quer que seja). Mais vale, enfim, caro José, ser portador de alguma veia de originalidade, traduzida, entre o mais, em ser capaz de escrever algo pelo próprio punho. Mas compreendo-o, José. De facto, a cópia do que os outros escrevem (ainda que se citem as fontes) é bem mais fácil, confortável e apetecível. É que, no fundo, a cópia não necessita de maturidade, de cultura geral, de visão geral ou de ímpetos pensadores. Mas convenhamos que denota alguma falta de originalidade. E de maturidade, e de cultura geral, e de visão geral, e de ímpetos pensadores… Volte sempre, meu caro, volte sempre.

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  4. ate estava a gostar da descriçao do blogue, é nortenho.
    mas depois quando disseram que acreditam em Portugal estragou tudo.

    Devemos defender a identidade do Norte, a independencia do Norte acima do Mondego.

    Somos Galaicos e devemos defender a nossa verdadeira identidade e economia.
    Nao a este pseudo-portugal de varias naçoes, varios povos.

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  5. Meu caro anónimo,
    Mentiria se lhe negasse simpatia pela paixão acesa ao Norte que resulta do seu comentário.
    E até tendo a achar que é no Norte que Portugal vai beber o núcleo central da sua identidade. Mas não só.
    E não creio que existam várias nações em Portugal.
    É certo que há um poder central e uma cultura centralizadora que só têm paralelo - no continente europeu - na Grécia e em alguns países situados fora da UE.
    Mas daí não retiro que haja vários povos.
    Há a capital e depois há o resto. E esse já é problema suficiente grave para tentarmos arranjar outros...

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