Não há dúvidas de que o registo menos truculento é o mais perigoso. É sempre assim. Quem me conhece sabe o quanto acredito nisso (às vezes até exagerando...).
E há entrevistas que o demonstram. Uma conversa moderada, no tom, no registo e na linguagem acaba sempre por fazer com que o outro baixe a guarda e tente recolocar-se, ajustando o registo ao do interlocutor.
Pode não o fazer, é certo. Mas tem sempre uma opção a fazer: ou aposta em marcar uma diferença, saindo da entrevista um entrevistador suave e um entrevistado truculento; ou então uma conversa toda ela suave.
No primeiro caso, o entrevistado parece agressivo; no segundo parece simpático e dócil se for essa a imagem que já tem.
Quando não é esse o pressuposto e o histórico, abre-se nova chaveta: ou fala numa conjuntura que lhe é pessoalmente favorável, ou fala numa conjuntura que lhe é pessoalmente desfavorável.
No primeiro caso, esse novo registo resulta fantasticamente.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
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No caso em apreço creio que o resultado apareceu simplesmente desajustado, artificial e até aparentemente esquizofrénico.
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