Em qualquer relação humana, os conflitos nunca são filhos de um só pai.
Por entre os comentários políticos, seja dos partidos, seja dos comentadores televisivos, abstraindo a infelicidade das declarações de Belém e das declarações de S. Bento, o que se percebe é que uns falam de alhos e outros de bugalhos.
O PR diz que se sentiu ofendido com a colagem ao PSD, com o ultimatum, com o Estatuto dos Açores (vergonhos, estes dois últimos).
O gabinete do PM e o ministro Silva Pereira diz que não houve escutas...
Claro que não houve escutas, mas se calhar houve ofensa.
Claro que não há vigilância, mas a crispação vinha em crescendo.
Claro que muito ficou por dizer.
No entanto, os comentaristas, sempre mais preocupados com a forma do que a substância assinalaram com exagero a falta de esclarecimento do País.
Isto é um insulto à nossa inteligência.
Qualquer pessoa minimante atenta (e acordada) ficou a perceber como é que Belém e S. Bento se tratam entre si.
No actual cenário, e sem prejuízo do relacionamento institucional que terá de existir, o fim dessa sonsice morna é o mais relevante e não tenho como claro que seja negativo.
A história mostra-nos que quando em Portugal anda tudo aos beijinhos e no elogio mútuo, o País vai ficando para trás, adormecido e anestesiado.
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