quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Primeiro debate correu bem

Correu bem este debate.

As personalidades de Sócrates e de Portas vieram à tona, o que é sempre bom. Metade das máscaras ficaram no rosto, mas metade foi arrancada.

Por outro lado, foi um debate ideológico: as opções na segurança social, na educação, na política fiscal ficaram claras e as clivagens são profundas.

Este PS é um típico partido da esquerda socialista europeia: fomento da igualdade a expensas do Estado, dinamização da economia com base nos grandes investimentos públicos. O mesmo se pode dizer em temas civilizacionais.

Este CDS/PP não é um típico partido da democracia-cristã europeia, estando a meio caminho entre essa posição ideológica e do conservative britânico.

Por aqui não passou a doença do centrão, esse pai do Bloco Central e de todas as formas daquele caldo que tanto mina o progresso deste País, em que nada se muda, nada de relevante, ou de diferente se diz e todos acham "mais ou menos" a mesma coisa sobre qualquer coisa, acabando por produzir castas que pensam apenas em conservar o poder.

Tendo ambos estado bem, parece-me sinceramente que Paulo Portas esteve globalmente melhor, essencialmente porque se salvou melhor do passado do que José Sócrates do presente.

Contava até que sucedesse o contrário. Mas assim não foi.

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