sábado, 19 de setembro de 2009

Uma hipótese razoável?

Não quis deixar de afixar um pequeno comentário a um eventual cenário de uma coligação PS-BE para formar governo, agora que parecem haver cada vez mais vozes nesse sentido (e.g. Ana Gomes).

Quando uma tal hipótese passa do imaginário para a realidade, é impossível não começar a pensar o que seria um governo BE: casas e propriedades desocupadas tomadas de assalto, expropriação e o confisco de bens obtidos por quem trabalhou muito na vida e/ou obteve sucesso por via do seu trabalho, reforço substancial da tributação de todo o património, um clima político que iria possivelmente transbordar para uma constante tensão laboral, “à mão-de-semear” para servir de veículo a exigências sindicais desmedidas à custa de um proteccionismo governamental irracional, com a subsequente asfixia das empresas e ainda um possível encerramento de multinacionais presentes no nosso país, gente a retirar fundos e investimentos à pressa para outros países (no fundo, drenar o – pouco – dinheiro que cá existe), quadros de empresas a emigrar rapidamente, com um país isolado numa Europa do séc. XXI que já não se coaduna com este tipo de coisas (imagine-se a perspectiva de um investidor inglês, alemão ou escandinavo perante um tal cenário socio-político – nem pensar) e uma explosão do desemprego.

À luz do programa do BE, talvez as vozes que proclamam a igualdade e justiça social cegas devessem começar a pensar como é que um tal governo conseguiria pôr em prática essas políticas. A resposta: uma vigilância nunca antes vista dos cidadãos e do seu respectivo património.

Um país travestido de big brother, cidadãos a denunciar concidadãos motivados pelo “superior interesse colectivo” (pois sim!), ou quem sabe mesmo expropriações efectuadas por multidões em fúria (já a confundir-se com a pilhagem)….um paraíso!!!

Concerteza um exagero, mas...


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