sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Legislativas - último dia

Antes de amanhã termos de fazer de conta que não há eleições no Domingo, nessa patética realidade demencial do dia de reflexão, o Charuto Aceso lança daqui um insignificante, mas muito convicto apelo ao voto.

Ao contrário do que pretenderam (ou pretendem) Hitler, Mao, Trotski, Mussolini, Lenine, Estaline, Franco, Salazar, Fidel Castro, ou Hugo Chávez (isto para não sair do mundo ocidental...), a democracia parlamentar é o melhor regime.

Foi um combate difícil para a conseguir, no qual a direita radical nunca acreditou e no qual a esquerda ou não acreditou, ou teve sempre grandes equívocos e hesitações.

O rumo foi mantido em momentos sombrios, como entre 1939-1945 por homens sem equívocos, nem hesitações, como W. Churchill.

É um legado de gente civilizada contra os bárbaros de ontem e os de hoje (que são muitos).

É um legado precioso.

Nenhuma desilução desculpa a abstenção.

Portugal tem muitos problemas. Para conservadores e democratas-cristãos são problemas difíceis de engolir, porque envergonham muito e nos têm impedido de progredir e de sermos tão grandes como já fomos e como somos por natureza.

Mas há que continuar a lutar. Andamos nisto há 866 anos e com esta idade só se pode desistir de desistir.

Tarde ou cedo, havemos de ser mais livres do que libertários, fazer os direitos andar de mão dada com os deveres, acreditar e praticar o mérito e de afastar ... enfim, de afastar tudo aquilo em que o leitor está a pensar.

Lá chegaremos. De momento, há que ter esperança e continuar a trabalhar e a votar.

Como dizia Pessoa, matar o sonho é amputar a alma.

Não votar é, também, deixar de sonhar.

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